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sexta-feira, 18 de junho de 2010

A FÍSICA EM QUESTÃO *






Anderson Lima Gomes  
Arilson dos Santos Leite  
Felipe Oliveira Ventura  
José Cláudio Amorim da Silva  
Marcos de Jesus Santos**


RESUMO: Este trabalho trata de argumentar o porquê a Física é considerada uma ciência. Parte dos diferentes conceitos de ciência de onde se dispõem de três temas: os conceitos da ciência, objetos de estudos e sistemas metodológicos e a Física na sociedade. Analisa-se a importância desta para a sociedade, através dos objetos de estudo e interesses apontados no objetivo em questão.

PALAVRAS-CHAVE: Ciência. Física. Sociedade. Tecnologia.


1. Os diversos conceitos de ciência
Uma das idéias que se tem sobre ciência é de que ela é uma resposta precisa e inquestionável das observações que foram feitas sobre os fenômenos naturais, seja na área química, física ou biológica. É verdade que a ciência utiliza de um método rigoroso e preciso para chegar a um resultado que se aproxima dos acontecimentos observados, usando teorias e objetos de estudos, mas as respostas para a realidade observada podem estar à frente dos conceitos que delimitam a ciência.
Pode-se observar que as ciências mudam com o tempo, seja no aspecto social ou no mundo físico e são passíveis de transformações, uma vez que tentam representar a realidade. As mudanças sofridas pelas ciências foram provocadas pelos avanços da pesquisa científica ao usar novos materiais para pesquisa, gerando o aprimoramento de conhecimentos passados e descobertas.
            É importante considerar que não existe uma única definição de ciência, o que se pode conhecer são os seus diversos conceitos e analisá-los em cada situação para as áreas do conhecimento. Também ela não é a única ferramenta para a explicação da realidade, suas teorias podem ser coerentes, o que traz uma idéia de correta no sentido de estar finalizado, mas todo conhecimento evolui com o tempo.
            O que faz com que uma área de conhecimento seja uma ciência é o fato de se ter um objeto de estudo, em especial, a Física, trata de corpos que estão em movimento ou estáticos, luz, som, fluidos, cargas elétricas e os demais objetos que caracterizam a matéria, obedecendo sempre relações de movimento com referencial inercial e a teorias coerentes.

2. Os objetos de estudos e os comportamentos metodológicos
O estudo da Física está relacionado às várias situações da nossa vida. Desde a Grécia antiga, o homem procurou entender o funcionamento das coisas e buscou na ciência estas explicações. Hoje em dia a Física moderna atua em vários ramos da indústria, da tecnologia, de geração de energia, entre outros. Esta importante ciência esta dividida em várias áreas: mecânica, termologia, óptica, eletromagnetismo, eletrodinâmica, cinemática e física nuclear.
            A Física atua também com outras áreas da ciência como, por exemplo, a Matemática e Química. Muitos fenômenos físicos só podem ser explicados através de fórmulas matemáticas ou de reações químicas.
            Em uma sociedade em rápida transformação, como esta em que se vive hoje, surgem, continuamente, novas funções sociais e novos campos de atuação, colocando em questão os paradigmas profissionais anteriores com perfis já conhecidos e bem estabelecidos. Exige uma formação ampla e flexível, com conhecimentos necessários e uma capacidade de adequação a diferentes perspectivas de atuação.
            Apontando-se a necessidade em questão, procura-se determinar o objeto de estudo. Ao passo que se estende, estuda-se o objeto para conhecê-lo melhor, seguindo um método adequado para cada objetivo, como por exemplo, para fazer um par de óculos para correção da visão, deve-se ter em foco como objeto de estudo as lentes oculares. Estuda-se, então, com o auxílio da óptica, de forma a observar os vários desvios e defeitos da visão.
            Vários são os objetos de estudo em questão: na Termodinâmica, o grau de agitação das partículas; a mecânica, a interação entre os corpos e objetos visíveis; a quântica, partículas elementares e, assim, seguem-se suas mais variadas formas de divisões dentro delas, mas cada uma com objetivos diferentes.
            O objetivo prático da Física é a melhoria das condições da vida do homem, decorrem de grande parte das pesquisas realizadas no campo da Física. Sendo ela uma ciência que estuda a natureza, a Física está presente em quase todos os momentos de nossa vida, do simples cafezinho, a uma seção de radioterapia ou até mesmo uma viagem de avião de um país ao outro. Em um aparentemente simples aparelho muito usado hoje em dia, o GPS – Global Positioning System (Sistema de Posicionamento Global) usa-se tecnologia das mais sofisticadas e modernas. Nela podem-se ver presentes alguns conceitos de um dos maiores físicos de todos os tempos, Albert Einstein, onde é usada a Teoria da Relatividade. Se ela não fosse usada para buscar auxílio a um GPS, teríamos um erro da ordem de quilômetros da posição desejada. Quando usado, o erro torna-se pequeno, da ordem metros ou até mesmo de centímetros.
            A Física se baseia em fatos, dados experimentais e de uma grande parte de paciência e observação dos fenômenos envolvidos. Em Termodinâmica, por exemplo, a maior parte dos processos envolvidos têm base experimental. Os resultados envolvidos na Física necessitam de pelo menos um dado experimental, pois, através dele, pode-se equacionar e prever futuros fenômenos ou resultados.
            Com os diversos ramos da Física, pode-se chegar a resultados extraordinários para a compreensão humana da realidade e de melhor sobrevivência, como auxiliar também nas outras áreas de estudo ou ciência, como a Biologia, a Economia, a Medicina, as engenharias, e entre outras mais. Para se medir, por exemplo, a pressão arterial, foi preciso auxílios físicos, tanto do caráter de entendimento quanto dos equipamentos utilizados para a medição. O mesmo acontece, também, com os diversos diagnósticos medicinais, utilizando equipamentos como raios-X, ultrassonografia, ressonância magnética e outros envolvidos.
            Os grandes arranha-céus, as grandes rodovias, os grandes monumentos urbanos, partiram de princípios físicos. Por exemplo, quando Oscar Niemeyer projetou o Congresso Nacional, o engenheiro calculista Joaquim Cardoso utilizou-se de conceitos físicos experimentais para que se encontre a tangente necessária para realização da cúpula, procurando fazer mais leve, desprezando a característica auto-portante e o empuxo que criaria. Inclinou a cúpula em linhas retas na linha circular de apoio, tornado-se mais leve, como Niemeyer preferia. Em pontes de hoje em dia, pode-se fazer maiores vãos com o auxílio da Física, ou mais precisamente, um dos ramos da Física, a Ciência dos Materiais.
            Assim como qualquer outra ciência, a Física tem seus objetivos. Não se pode pensar que a Física só tem a finalidade para conhecimentos acadêmicos, pois, como já foi citado antes, ela tem grandes finalidades para com a sociedade. Entretanto, nem sempre que é construída uma ciência é a favor de todos, como por exemplo, o grande projeto de Manhattan, na segunda Guerra Mundial, onde foram desperdiçados anos de pesquisa em prol de um pequeno grupo.
            Por mais que se tente intervir nos fatores negativos da ciência, a Física, como qualquer outra ciência, será  sempre direcionada a um objetivo humano a princípio, pois a ciência é realizada por um cientista e este tem seus objetivos em si. Cabe a ele e à sociedade policiar esses objetivos, para que não sejam tão egoístas que só privilegiem um pequeno grupo em que, muitas vezes, o cientista descobridor não é citado.
           Quando se estudam objetos e aplicam-se métodos rigorosos, visando a atingir determinados fins, têm-se, então, os objetivos da ciência. Os métodos e objetos de estudo são essenciais para a determinação da ciência, assim como também o ramo específico Cada ramo tem seu determinado método e objetos de estudo.
            A Física é uma ciência que estuda os fenômenos naturais e as propriedades da matéria, mediante relações entre teoria e experimentação. Entretanto, os pesquisadores têm consciência de que suas respostas para muitos mistérios não são definitivas. As interpretações propostas por ele, sob a forma de teorias modelos ou paradigmas, renovam-se no processo contínuo e vigoroso de esclarecimento sobre o universo em que vivemos. Novas idéias e paradigmas estão comumente resolvendo questões antigas.
            Desde os tempos mais antigos, homem sempre buscou compreender melhor os fenômenos naturais e a estrutura do universo. Para isso, tem procurado definir princípios e leis elementares. Todo esse esforço levou ao surgimento da Física como uma disciplina científica.
            No universo, há vários ramos para serem estudados, porém muito complexo para ser compreendido e conhecido por uma determinada ciência. Por esse motivo é que a ciência foi divida em uma extensa gama de ciências que conhecemos hoje. Cada ciência atenta a um determinado método e objeto de estudo, na Física não é diferente.
            Focando-se na Física, pode-se perceber que ainda é muito complexa, e têm-se então muitas divisões ou ciências dentro da própria Física. Mas, apesar dos ramos serem um pouco diferenciados, os princípios metodológicos são os mesmos. Mudam-se, assim, os objetos de estudos, mas até mesmo os objetos de estudo podem sofrer divisões.
            O objeto de uma ciência é aquilo que se pretende estudar, conhecer observar e até manipular seus comportamentos. Pode-se também entender como objeto de estudo assuntos já estudados por outras ciências.
            Quando se define um objeto de estudo, não se seleciona quais processos ou fenômenos vai estudar, mas quais os aspectos destes ou de outros processos e fenômenos vão ser enfocados por cada ciência. Contudo, não se deve fechar o objeto de estudo em relação às outras ciências, pois é necessário que se combinem para que haja uma melhor compreensão e, assim, determinar a ciência envolvida. A definição do objeto de estudo é um processo fundamental para o desenvolvimento da ciência, permitindo aos cientistas compararem seus estudos e suas conclusões.
            Tendo um objeto de estudo, é preciso um determinado método para que se       possa conhecer melhor cada parte do objeto, sendo inevitáveis os diferentes métodos para cada ramo da ciência. Não se pode pensar que os métodos são apenas formas de avaliar afirmações, mas um caminho que possa seguir de forma fiel o objeto de estudo e chegar às afirmações corretas ou o menos possível distorcidas.
            A partir dos diferentes métodos de abordagem, pode-se subdividir a Física em experimental e teórica. A primeira é uma sondagem das propriedades da matéria, seu movimento e transformações, através de observações e medidas dos aspectos quantitativos relevantes. A Física teórica visa à incorporação dos resultados experimentais em teorias consistentes, capazes de articular elementos novos com aqueles já conhecidos, representando-os segundo estruturas lógicas abrangentes que recorrem a um conjunto mínimo de postulados e princípios gerais. Os dois tipos de abordagem se acham em todos os campos e divisões da Física.
            No caso de um objeto a ser estudado para a finalidade de uma estrutura em engenharia, no caso o concreto, para se obter a resistência desejada, observa-se que o objeto de estudo pode e deve ser dividido nas partes componentes do concreto, onde se encontram a areia, a brita, o cimento e a água, devendo, então, ser estudadas separadamente, para depois se fazer um estudo conjunto. Então, se organizam os materiais, determinando-se a densidade, composições granulométricas, resistência mecânica, entre outras observações, resumindo tudo em ensaios físicos. Partindo dos objetos estudados, segue-se aos modelos e métodos adequados a serem considerados de forma a obter uma melhor aproximação do real necessário para o resultado desejado.
            Através dos objetos estudados, meios, modelos e métodos envolvidos, poder-se-ão realizar uma ciência para um determinado fim de pesquisa, contudo não é nada fácil obter esses estudos do objeto, pois se necessita de uma determinada prática e experiência.
            A Física como ciência se porta de forma, onde, para obter resultados, é preciso se direcionar a um determinado objetivo. Distingui-se o objeto de estudo, através de observações preliminares, segue-se uma linha metodológica de conhecer, descrever o comportamento, caracterizando o objeto a fundo. É preciso atentar-se a detalhes nas observações, pois observações distorcidas, conseqüentemente, trazem conclusões distorcidas.
            A Física não se preocupa em entender no que consiste os fenômenos envolvidos. Mas explicar os fenômenos ocorridos entre tais fatos e observar se esses fenômenos ocorrem geralmente para sistemas semelhantes na natureza. Os resultados obtidos os levam a ter uma forma geral, precisa e consistente, atentando-se para a descrição completa do objeto a ser estudado.

3. A Física e a sociedade

Observa-se perfeitamente a influência da ciência no meio social, bem como, os poderes que este tem relação aos trabalhos e pesquisas científicas. Norteando-se, assim, de maneira não muito coerente os fins de obras acadêmicas que poderiam ser utilizadas para o bem da humanidade. Tais práticas acabam sendo enterradas nos interesses políticos, econômicas e culturais de grupos que visam somente a seus próprios benefícios.
            Apesar de tantos avanços técno-científicos e da própria realidade do mundo globalizado, a ciência não está liberta das influências extra acadêmicas, sofrendo ainda a interferência de outros meios não científicos que determinam os rumos de aplicações das pesquisas realizadas. Não se importam, assim, os com critérios de bom ou mau uso das pesquisas, como afirma Freire-Maia (1991, p.129):

Há quem defenda a tese da neutralidade da ciência, achando que o    bom ou mau uso que dela se faz depende das decisões de não cientistas (políticos,   militares, empresários etc.) que se apropriam de seus resultados e os aplicam de acordo com os seus interesses.

            A atividade científica parte de pressupostos e análises que determinam suas prioridades, sem esquecer seus princípios básicos de uma teoria científica, em cujo o pesquisador se atenta para formular suas idéias, afim de que suas metas sejam alcançadas e, assim, reconhecidas pelo mundo acadêmico-científico. Os princípios básicos como teste, a coerência, a aceitação por outro cientista, a fertilidade para novas pesquisas e a inocuidade que é a distância ou indiferença quanto a princípios ideológicos, culturais, crenças, etc. Estabelecem uma metodologia para formalização de uma teoria científica, afim de que ela seja reconhecida como tal, definindo, assim, os objetos a serem estudados e os fins desses resultados obtidos. Dessa maneira, é  imprescindível a instrumentação tecnológica nas pesquisas científicas, uma vez que, melhor aparelhado, o homem não pode intervir nos fenômenos naturais mas sim ter uma maior precisão e controle dos resultados obtidos.
            A área de conhecimento da Física, por exemplo, lança mão da tecnologia e de aparelhos técnico-científicos nas suas pesquisas e experimentos laboratoriais, com o intuito de ter melhor precisão nos seus resultados e também de dar mais conforto e agilidade aos que atuam nos laboratórios dando, assim, resultados mais objetivos aos elementos envolvidos. Historicamente, a Física tem uma importância muito grande no meio científico, promovendo um elo entre a teoria e a prática, exemplo disso é o telescópio, criado para facilitar as observações de corpos no espaço, o que certamente a olho nu não seria possível. Essa é a função dos aparelhos para facilitar as atividades, como afirma Chauí (1995, p.284):

O conhecimento científico é concebido como lógica da inovação (para a solução de problemas teóricos e práticos) e como lógica da construção (de objetos teóricos), graças a possibilidade de estudar os fenômenos sem depender apenas dos recursos de nossa percepção e de nossa inteligência. É assim que, por exemplo, que Galileu se refere ao telescópio como instrumento cuja função não é a de simplesmente aproximar objetos distantes, mas de corrigir as distorções de olhos e garante-nos a imagem correta das coisas. O mesmo foi dito sobre o microscópio, sobre a balança de precisão, sobre o cronômetro.

            Analisando o conhecimento da Física e sua aceitação pela sociedade, pode-se dizer que pouco se percebe ou se esclarece a importância dessa ciência em nosso dia-a-dia, pois ela abrange da minúscula partícula à imensidão do universo. A Física sempre rompeu paradigmas e ideologias, baseando-se e formulando leis que sustentam até os tempos atuais, como as leis de Newton, por exemplo. Atualmente, percebem-se vários fatores que beneficiam social, política, econômica e culturalmente as sociedades, como as novas tecnologias em aparelhos celulares, TVs digitais, microondas, etc. Enfim, são coisas que passam pelo campo da Física e é de grande importância para o desenvolvimento de uma sociedade.
            Outro exemplo são as pesquisas desenvolvidas a partir da nanotecnologia, que pode ajudar entre outras áreas, a Medicina no tratamento de doenças crônicas e a Biologia, com pesquisa de organismos desconhecidos até então. Certamente, a sociedade ainda não se atentou para a grande importância dessa ciência, mas muito se beneficiam de suas descobertas, apesar de não saberem seus mecanismo de funcionamento ou o impacto que estes causam ao meio-ambiente, a grande maioria quer utilizá-los. Certamente, a Física não explica nem conhece tudo de todas as coisas, mas, sem dúvida, um pouco de cada um. De um simples gesto, ao abrir um poço, bater um prego ou retirá-lo de algum lugar, ou ainda erguer uma cerca na roça até os mais sofisticados aviões, submarinos, ônibus espaciais, esses simples casos mexem com a economia e a cultura de várias sociedades.
            É bom frisar que, como ciência, a Física não escapa das ideologias, mitologias, ilusões de neutralidade científica. Afinal, vive-se num mundo cercado pelo medo das guerras, onde cada líder de suas respectivas nações, ao menos, grande parte deles, detém armas nucleares. Isso implica o lado mau no uso dos conhecimentos das ciências e a Física é uma das principais.



4.Referências

FREIRE-MAIA, Newton. A ciência e o meio social. In: ______. A ciência por dentro. Petrópolis: Vozes, 1991.
CHAUÍ, Marilena. O ideal científico e a razão instrumental. In: ______. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 1995.
CRAWFORD, P. A teoria da relatividade e o GPS. Centro de Astronomia e Astrofísica da Universidade de Lisboa (CAAUL), Lisboa, jan. 2005. Disponível em: . Acesso em: 17 jun. 2010.
CACIQUE, G. A. A Relatividade e os GPS’s. Centro de deduções lógicas, São Paulo, 2001. Disponível em: . Acesso em: 17 jun. 2010.
ORSI, C. Reatividade, buraco negros e o  GPS. ESTADÃO.COM.BR/blogs, São Paulo, abr. 2010. Seção Astronomia. Disponível em: . Acesso em: 17 jun. 2010.
NIEMEYER, O. Congresso Nacional. Disponível em: . Acesso em: 17 jun. 2010.
SANTANA, A. L. Projeto Manhattan. Infoescola, São Paulo, ago. 2009. Seção História. Disponível em: . Acesso em: 17 jun. 2010.

* Trabalho realizado sob orientação do professor Clédson Miranda para aproveitamento da disciplina Metodologia da Pesquisa Científica - MPC
** Anderson Lima Gomes, Arilson dos Santos Leite, Felipe Oliveira Ventura, José Cláudio Amorin da Silva e Marcos de Jesus Santos são alunos  do  Curso  de Licenciatura em Física da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia – UESB.